quinta-feira, 7 de novembro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
sábado, 10 de agosto de 2013
O CASO BRUNO E O OCASO INSTITUCIONAL
Miguel Lanzellotti Baldez
“Vou denunciar por tentativa de
homicídio”, disse o moço, com empáfia, na reportagem da TV Globo. E quem era o
autor da solene ameaça? Com certeza e pose um promotor de justiça. Não um
simples promotor, mas, de grau maior, um procurador de justiça, mas não um
simples procurador de justiça, como os muitos da honrada carreira, quem
jactou-se com a dita frase em muita má hora dita foi o chefe de gabinete do Sr.
Procurador Geral de Justiça, soando a sua fala, pela proximidade do cargo, como
se fora a fala mesma de seu chefe.
Em má hora dita, porque, como ficou claro
em atos subsequentes, no habeas corpus concedido ao jovem manifestante
que deveria ser penalizado, Bruno Ferreira Teles, e, principalmente, em
repetidas tomadas de televisão, nas quais o moço Bruno, ao invés do eventual
homicida, como pareceu ao ilustre procurador, não passara de vítima de
“armação” policial à procura de um bode expiatório para justificar a costumeira
violência contra o povo. Bem a calhar também para a Globo explicar o sentido da
repetida qualificação dos militantes do povo, sempre chamados de vândalos ou
baderneiros. Eis aí, como diziam os antigos, a mão que lava a outra...
A Globo, como sempre, lavou as mãos, haja
muita água e sabão... A culpa, apressou-se ela em dizer, fora da polícia... Uma
precipitação, completou, tendo o cuidado de poupar o Ministério Público. Não
havia com o comportado militante nem a mochila apresentada pela polícia, nem,
na mochila que não havia, coquetel molotov algum nem qualquer outro artefato.
Fosse este um canto literário seria hora
de perguntar-se tanto à Secretaria de Segurança como ao Ministério Público: -
“e agora José?” Mas não sendo, nem bastando que o MP, como aconteceu, faça de
conta que nada houve e simplesmente requeira o arquivamento do inquérito
instaurado contra Bruno, cabe um tanto ao Ministério Público e, outro tanto, à
Secretaria de Segurança, prestar contas à Sociedade, ao Sr. Procurador Geral de
Justiça conter os inconsequentes impulsos de seus promotores e procuradores, e
ao Sr. Secretário de Segurança, por outro lado, a eventual responsabilização de
seus policiais, por atos pouco ou nada éticos, para dizer o mínimo, como o
praticado contra Bruno. Isso, sem descuidar-se do controle fiscalizatório do
Ministério Público sobre a polícia.
O povo, nas ruas, no exercício pleno de
sua soberania e poder constituinte, já não tolera mais, diante da violência
institucional, os silêncios da autoridade.
Quanto ao Ministério Público, já
demonstrou em administrações passadas, inclusive do atual Procurador Geral, que
bem pode dar sentido democrático a seus princípios institucionais e bem cumprir
a regra do art. 129 da Constituição Federal. E o que dele se espera, e quanto
aos movimentos populares, esperança da democracia, força companheiros. Voltem
quantas vezes sejam necessárias às portas do Ministério Público. Exijam dele, e
não esqueçam da Secretaria de Segurança, uma verdadeira prática democrática,
ocupem a Câmara de Vereadores e a Assembleia Legislativa, essas chamadas as
casas do povo, para exigir o respeito que a vocês é devido.
Atentem companheiros para a participação
direta na construção da sociedade. Vocês não estão mais contidos nos limites da
presentação prevista no art. 1º da Constituição Federal não, limites que não se
restringem hoje apenas ao plebiscito e ao referendo. Presentação é ampla, do
povo e para o povo. E vocês a consolidaram na luta deste junho inesquecível.
PS1: Cadê o Amarildo? Porque o fato passou
para a Delegacia de Homicídios? Com todo o respeito a novo delegado, mas é de se
lamentar a substituição, no caso, do delegado Orlando Zaccone por sua postura
ética e corajosa.
PS2: Seria o caso de dizer-se que em boa
hora não funcionaram os GPS(s) do(s) carro(s) da polícia, nem as câmaras da(s)
UPP(s)? Como explicar tantos acasos? Acasos?!
quarta-feira, 31 de julho de 2013
HEIL?
Marcos Peixoto
O Führer, por diversas vezes, deixou clara a sua vontade.
E a vontade do Führer era lei.
Assim, por diversas vezes deixou claro seu intuito de
recrudescer o combate aos “inimigos”.
E bastou isso para que seus comandados passassem a atuar, à
margem da moralidade, com crueldade e desumanidade muitas vezes, mas dentro da
nova “legalidade” instaurada pela vontade do Führer.
Não precisava sequer o Führer ordenar: seus asseclas agiam de
forma automática, executando sua vontade.
E assim foram feitas invasões, desapropriações, desocupações
forçadas, deslocamentos de cidadãos de seus lares, recolhimentos de mendigos e
drogaditos, assassinatos em massa pela polícia oficial, sequestros e
desaparecimentos de “inimigos” pela polícia oficial, prisões de jornalistas
oponentes pela polícia oficial, torturas, criações de guetos...
Tudo em nome da vontade do Führer.
A grave questão, é que não estou a falar da Alemanha nazista:
Heil, .................?
P.S.: Este é um texto
interativo. Complete o sublinhado com o primeiro nome que vier à tua mente, e
verás como tudo se encaixa.
terça-feira, 16 de julho de 2013
MAS O OLÉ FOI DO POVO
Miguel
Lanzellotti Baldez
Deram o circo, e que circo? Muito bem montado, com
grandes atores e até deslumbrados cantores de fala afiada e serviços indecifráveis
mas tendentes ao cinismo, ensaiando enfim um esforço de forte tendência global.
O povo, porém, embora parte de si tenha ido ao circo, correu às ruas de todo
Brasil, em lindas e inesquecíveis manifestações, gritando, para o tempo de
todos os tempos, numa só voz: - senhores do circo olhem nós aqui, estamos
vivos.
Aquele grito alcançou toda a nacionalidade, e
todos ficaram atônitos, pois difícil lhes pareceu explicar o acontecido. Será
que o povo acordou, ou apenas parecia adormecido ou dopado por mentiras,
arranjos, disfarces e outras guirlandas perversas a ele oferecidas por
discursos e praticas oficiais ou oficiosas.
Ou será que o povo resolveu descobrir se do falso
manto que lhe concederam de gigante adormecido para cantar o verdadeiro hino de
libertação, um hino que é dele, e só ele sabe e pode cantar? É isto senhores
atônitos e embasbacados: esta gente toda, Brasil afora está exercendo no fato
da história seu poder constitucional, um poder que é só dele.
Um olhar, pequeno que seja, sobre a história do
Brasil revelará que seu povo só teve voz, nos momentos de insurreição,
autênticos surtos revolucionários, como, por exemplo, em Palmares, Canudos, no
Contestado, na Cabanagem e na atual ação política dos movimentos populares,
valendo citar o MST, Movimento Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e
MNLM, Movimento Nacional de Luta Pela Moradia. Pois agora é o povo todo que
está nas ruas deste Brasil imenso descobrindo numa nova e fecunda práxis que
mais lhe vale a presentação, o falar e agir por si próprio, e não a
representação que bem serviu a burguesia quando fez a sua revolução, usando o
povo para tomar a Bastilha para depois mantê-lo submisso pela força, ou pela
teia de leis e normas que deram juricidade ao modo de produção capitalista.
Nos gritos da rua certamente descobrirá, neste
empolgante exemplo de cidadania, que somente organizando-se em instâncias ou
conselhos populares, como já vem acontecendo com os movimentos sociais poderá
exercer em toda a plenitude o poder de presentar-se independentemente de
partidos políticos e dar vida à democracia direta prescrita no artigo 1º da
Constituição Federal.
É isto, enfim, o que a nossa gente está fazendo,
assumindo o poder próprio de sua soberania, sem receio de abusivas e
intoleráveis acusações dos porta-vozes do sistema.
Vândalos, com o sentido que dão a expressão, são
eles, que vem vandalizando a nossa terra e o povo brasileiro há muitos e muitos
anos.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
A FOME DO TCU E O HORTO FLORESTAL
Miguel
Baldez
Era fome, companheiros do Horto Florestal,
muita fome, uma fome universal, fome passada e- quem sabe?- futura, o motivo
principal da ação dos Senhores Ministros do Tribunal de Contas da União, a
estranha razão que os mobiliza contra o povo do Horto, Segundo a insuspeita
reportagem do insuspeito ( no caso) jornal O Globo de sábado 6 de julho. Mas a
fome deve ter sido já não digo satisfeita, mas bem minorada com a solução que
encontraram: deram-se a eles próprios aumentos milionários. Sabem para quê?
para comerem! Isto mesmo, uma gorda verba, milionária mesmo, para alimentação.
E, espantem-se vocês, para comerem os alimentos passados...Não entendi bem. Mas
a verba é retroativa, além de presente e futura...Porra! Haja verba e fome. Mas
que o poder os ajude, pois a ajuda de Deus pelo visto já conquistaram em missas
e cultos dominicais. Não lhes queremos mal, que comam à vontade. Sinceramente,
sem sacanagem, espero que não rebentem de tanto comer, mas por favor deixem o
povo do Horto em paz.
Vejam que foi o Meritíssimo Ministro Joaquim
Barbosa, ungido merecidamente pelo Globo como o Homem do ano, quem disse
daqueles Ministros: “Só que o TCU, nós sabemos, incorrem com frequência em
ilegalidades e inconstitucionalidades. Depende da conveniência- disse Barbosa
no dia 11 de junho”.
Vejam bem, companheiros do Horto, é o ilustre
e honrado Ministro Joaquim Barbosa quem diz, “incorrem, com frequência, em
ilegalidades e inconstitucionalidades”, como esta- dizemos nós- dolorosamente
classista e racista contra o Horto. Mas agora- quem sabe?-, saciada a fome, bem
alimentados, e considerando, com certeza, que não são canibais- deixem o Horto
em paz. Lembrem eles, enfim, que o bom dinheirinho que os alimenta e engorda é
dinheiro público, nosso portanto.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Palestra "Horto Florestal: verdade histórica, social e jurídica".
Palestra
Horto Florestal
Verdade Histórica, Social e Jurídica
Dia 09/05/2013, às 18h - Local: Centro Cultural do IAB
FAÇA SUA INSCRIÇÃO GRATUITA!
Palestrantes:
LAURA OLIVIERI
Historiadora
EMÍLIA MARIA DE SOUZA
Presidente da Associação dos Moradores do Horto
RAFAEL DA MOTA
Professor Universitário / Advogado
Público-alvo:
Advogados, bem como todos os demais profissionais de carreira jurídica e estudantes de Direito.
Concedidas 2 horas de estágio aos estudantes de Direito pela OAB/RJ
Local: Auditório do Centro Cultural do IAB
Rua Teixeira de Freitas, 05/301 - Centro - Rio de Janeiro/RJ
Realização: IAB e IECD
Palestra "A Construção Social do Direito: Requisitos de Legitimação"
Assista ao vídeo da magnífica palestra de instalação do IECD, proferida pelo Prof. Dr. José Geraldo de Souza Júnior, com o título "A Construção Social do Direito: Requisitos de Legitimação", clicando aqui.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
Miguel Baldez apresenta o IECD
Enfim está criado o Instituto de
Estudos Críticos do Direito, um sonho de alguns professores universitários que
traz consigo o propósito de pensar e repensar a realidade socioeconômica
criticamente sob o enfoque, à luz do campo jurídico, da normatividade jurídica.
Que é o direito? De onde vem e como
surgiu e ganhou forma e projeção universal no passar do século XIX,
principalmente na afirmação da revolução francesa? Que homem é este
etnocentrado ente que na verdade vai servir de fundamento e razão de ser da
construção do direito? Certamente não é o homem abstrato da renascença mas,
como diz com propriedade Orlando de Carvalho, o homem de perfil burguês (Orlando
de Carvalho, Teoria Geral da Relação Jurídica – seu sentido e limites).
É, pois, o direito construído pela
burguesia, consolidado durante o século XIX, o direito que se vai estender para
além da Europa e influir nos países formados no fluxo das grandes conquistas
europeias, entre as quais este nosso Brasil. Um direito de classe intuído e
apreendido no Código de Napoleão, um direito de classe que, sem qualquer
cerimônia, exclui a classe trabalhadora. Eram teoricamente dois os homens
construídos com a vitória política e jurídica da burguesia: o homem de perfil
burguês, cujos direitos vinham previstos e descritos nos códigos burgueses, e o
trabalhador que, na fábrica, organizava-se e lutava para sobreviver (Marx, O
Capital, A Jornada de Trabalho, Livro 1, vol. 1).
O IECD Instituto de Estudos Críticos
do Direito quer reencontrar o homem, mas o homem na vida, banhado pela
sociedade e pela sociologia do povo, inspirado em muitas leituras libertárias,
um direito sem dogmas, como quer Roberto Lyra Filho, e, por isso, sem
preconceitos, que seja efetivamente universal, capaz de pensar e incluir em seu
campo de juridicidade, além do trabalhador, outros marginalizados, o negro e o
índio.
Repor o direito através dos
parâmetros conceituais dos direitos humanos, não apenas na leitura restrita da
dogmatizada Declaração Universal dos Direitos Humanos que consagrem o homem e a
mulher nas recíprocas relações de sua convivência social, numa igualação política
e jurídica que lhes garanta, de fato, com fundamento na solidariedade, plena e
absoluta igualdade.
Esta a razão de ser do IECD, este o
compromisso que vai passar por todas as suas atividades, seus debates
culturais, suas sessões de estudos, suas conferências. Enfim, nasce agora este
Instituto, assinando neste ato de fundação seu compromisso com a democracia e a
consequente democratização política do direito.
sexta-feira, 15 de março de 2013
IECD - Finalidades do Instituto
São finalidades do Instituto:
I – defender os princípios constitucionais;
II – afirmar os princípios democráticos e a sua efetiva
concretização;
III – valorizar a cidadania e o efetivo acesso de todos
igualmente ao exercício dos próprios direitos;
IV – promover o debate científico e/ou cultural a pesquisa
jurídica por meio de cursos de aperfeiçoamento, extensão e pós-graduação, lato e stricto sensu, projetos de investigação científica, debates,
publicação de material impresso e on-line
sobre temas diversos do direito;
V – desenvolver uma perspectiva interdisciplinar e crítica
e todas as suas atividades.
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